Querido Deus...

Querido Deus, as nuvens cobriram o sol esta manhã. Não pudemos ver seu brilho. Mesmo assim, sabemos que ele está lá. Ficamos pensando se com o Senhor não é o mesmo. Quando o sol brilha, ficamos tranquilos e felizes. Seu calor e seu brilho fazem a vida acontecer. Sem o sol, a vida seria chata. O dia não seria dia, o que faz dele o que ele é, é o grande astro radiante do céu.

Esta analogia também se aplica às estrelas. À noite, é fácil distinguir seu brilho. Entretanto, pela manhã, nos perguntamos:

“Onde elas se foram? Será que alguém as colocou no bolso e levou para outro lugar?”

Não. Elas ainda estão lá. Apenas seu brilho é insuficiente para contrastar com o ilustre sol. Desaparecem ante a luz daquele que irradia muito mais.

Após o entardecer – quando o sol se vai – as coisas mudam. Elas voltam a se tornar visíveis, pois não há nada que possa competir com seu débil irradiar. Há tanta escuridão ao redor que elas podem ser vistas no céu.

À noite, há estrelas brilhando no escuro, para todos os lados. Para onde se olhe, você verá uma estrela na escuridão. Estrelas caídas nas praças, sem vida. Uma existência vazia que se desperdiça ao derramar na escuridão.

E se pudéssemos ser como a lua? E se brilhássemos ao lado daquelas estrelas, enquanto elas caem no esquecimento da manhã?

“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5.14.-16).

Talvez, elas se lembrariam que o sol também existe para elas. E não seriam as brilhantes solitárias das trevas.

“Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” (Lucas 5.30-32).

Onde a luz é mais necessária? Onde a escuridão domina.

com amor, seu filho.