Quando a vida é ruim
- Gile
- 21 de mai. de 2018
- 3 min de leitura
(Escrito em 24/07/2011)

Ao assistir o noticiário, hoje, – após chegar de viagem – ouvi com tristeza e chocado que Amy Wynehouse foi encontrada morta em seu apartamento em Camden, Londres.
O que sei da jovem cantora é o suficiente para concluir que essa seja mais uma triste e real tragédia moderna. A popstar contava 27 turbulentos anos. O que sabia dela eram seus escândalos: seguidas internações em clínicas de recuperação para dependentes químicos, a agressão a um gerente de teatro, apresentações recebidas sob vaias quando bêbada ao palco.
A história de Wynehouse não é nova; contudo, triste. Uma jovem talentosa tendo que lidar com o sucesso e todas as pressões que o acompanham. No entanto, creio que haja mais do que isso. Acredito que uma vida vazia, que Amy tentou preencher com drogas ilícitas e álcool, e falta em significado a levou a morte prematura.
Ela não conhecia as respostas para suas perguntas (conjecturo, perdoem-me, que houvera elaborado muitas perguntas que nunca foram respondidas), mas elas existiam. Ela buscou um caminho que aliviasse as dores reais de uma vida cruel. Amy sabia mais do que muitos de nós. Escondidos e encantados em suas vidas insignificantes e eternamente vazias, prisioneiros do próprio cotidiano. A vida é ruim, Amy sabia disso; porém, muitos de nós, não.
Wynehouse deve ser lembrada como alguém que verificou a vida muito mais do que as pessoas comuns desse mundo. Ela conseguiu contemplar, face a face, a fria, horrenda e assustadora vida. Ela compreendeu – parcialmente – a realidade que quase todos ignoram.
O mundo gentil de sorrisos amarelos é apenas o rótulo falso da vida real. Amy foi além, ela experimentou os sentimentos eucêntricos, cruéis e grotescos que se ocultam no baú de segredos que conhecemos como coração.
As pessoas podem ser tão frias e indiferentes como o inverno russo, a popstar o provou. A indiferença das pessoas pode traspassar o coração como estalactites frias e afiadas, cortante dor da distância emocional – Amy a sofreu.
Sei disso porque ninguém busca consolo no álcool e nas drogas se tem um bom ombro amigo. Se há alguém que pode ouvir o derramar de suas emoções, não há razão para buscar analgesia emocional nas drogas.
A vida é ruim. Que a vida de Amy Wynehouse não nos permita esquecer. Somente o sol da justiça, cuja misericórdia se renova a cada manhã, pode derreter a geleira da indiferença em nossa alma. A dor da frieza real é combatida com êxito pelo amor daquele que sofreu muito mais do que qualquer mortal.
“Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria” (Malaquias 4.2).
Todos poderemos saltar conforme esses raios de salvação brilharem sobre nós. Amy poderia “saltar de alegria”, como o trecho bíblico descreve, se fosse aquecida por esse sol a tempo. Se Jesus brilhasse para ela, haveria esperança e respostas.
Para essa talentosa jovem é tarde, porém para você, ainda não.
Corra para a luz de Jesus, busque-o enquanto ele pode ser achado:
“Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55.6).
Vá lá, corra enquanto há um fôlego de esperança!
Que, em um novo dia, um novo sol traga salvação em suas misericordiosas asas – “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo de suas asas, e vós não o quisestes!” (Mateus 23.37).
E você, quer? Bendita esperança!
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