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A porta

  • Gile
  • 8 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

"Eis que estou à porta" (Apocalipse 3.20)

Estava fechada. Bati, bati e bati. Mas, como estava, permaneceu. Olhei pela janela e nada. Chamei, ninguém respondeu. Um silêncio indiferente exalava de seu interior. Desci as escadas e fui até os fundos. Por entre o vitral, sorrisos vazios e momentos que se dissolvem na eternidade. Cantando, falando e existindo em seu interior alguém que acredita ser feliz. Vivendo o agora como se não houvesse amanhã.

Sentei-me ali, na calçada, e aguardei longo tempo, na esperança de que aquela pobre alma encontrasse o caminho até a porta, e a abrisse para mim. Mas isso só ocorreria quando ela se desse conta de que tudo o que estava vivendo era mera distração diabólica. Um engano do momento para distraí-la do que realmente importava. Enquanto isso, permaneci ali, na porta.

Corra, seu tempo está se esgotando, a porta ainda está fechada. E eu já estou a partir. Corra, pobre alma, pois o ponteiro do relógio é implacável.

“Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Apocalipse 3.20; grifo acrescido)

Suas possibilidades são muitas na vida, muitos caminhos e escolhas. Enquanto isso, a porta permanece fechada. Ore para que você seja capaz de reconhecer o estreito e difícil caminho até a porta em seu coração. Abra-a hoje e, correndo, o atenda antes que seja tarde demais.

“Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite. Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los? Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora; a minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu.” (Cantares 5.2,3,6; grifo acrescido)

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