Ele prometeu voltar
- Gile
- 17 de set. de 2018
- 2 min de leitura
“E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” (João 14.3)

Sentado junto à janela, olhando fixamente através dela, aguarda. A qualquer momento, aparecerá no horizonte com um sorriso no rosto e um brilho incomparável, uma silhueta corajosa e triunfante. Ele prometeu que voltaria e jamais mentiu. Até porque um pai de verdade jamais mente.
O doente espera pelo médico.
A noiva deseja a vinda do noivo.
A jovem cujo marido foi à guerra, junto a calçada, aguarda seu regresso.
A criança espera, no fim do dia, a chegada do pai.
E a Igreja anseia pelo retorno de Cristo!
Ele foi para o Pai, enquanto nos deu uma missão. "Façam isso enquanto eu estiver fora da cidade!" - ordenou (paráfrase minha!). Na verdade, Suas palavras foram:
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." (Marcos 16.15)
Apesar de bela, a analogia da criança que aguarda ociosa a vinda do pai, ao fim do dia, não reflete com a devida precisão nossa espera enquanto Igreja. Não esperamos desocupados, ao invés disso, temos uma árdua missão enquanto esperamos:

"Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai." (João 14.12; grifo acrescido)
Porque Ele foi para junto do Pai ("preparar-vos lugar" - João 14.2) temos uma tarefa. O tempo para realizá-la tem a ver com a duração da preparação deste lugar.
Fazer a tarefa e se esquecer daquele lugar transformará essa missão em mero ritual religioso - repetição vazia.
Lembrar-se de Sua volta sem executar aquela tarefa, preguiça desobediente.
A espera é ocupada e exitosa. Penhorada em uma importante missão.
Neste momento, segundo observo, não temos nem executado a missão nem aguardado Sua volta.
Esquecemo-nos de ambas. E isso produziu frieza infrutífera.

O fogo que queima a ardente expectativa é a chama que promove a missão - aqueles que O aguardam desejam que outros também o façam. A chave para promover a missão que nos delegou é desejar Sua volta. O desejo por Sua vinda é o mesmo que nutre o alcance de almas preciosas. A falta deste anseio é a frieza que extingue a chama do Espírito.
Aquecidos pela recordação de Seu retorno, podemos anunciar a outros: Ele prometeu voltar!




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