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Um chamado à intimidade - o plano da salvação

  • Foto do escritor: Gile
    Gile
  • 19 de set. de 2018
  • 10 min de leitura

"O evangelismo superficial, com sua crença fácil, tem causado maior dano que as seitas."

(Paul Washer)

Há um chamado ecoando pelos séculos. Ele não ressoa em catedrais ou em concílios religiosos; mas, nos corações. Ele aguarda resposta de quem lhe der atenção. Um chamado a unir-se sinceramente a Deus e conhecê-lO como Ele é. A ascender a Cristo para ouvi-lo. Uma aliança está proposta por Deus.

Essa aliança não deve ser baseada em mero sinal ritual (isto é, a circuncisão da carne) mas num ato sincero de coração, uma disposição interna e verdadeira de unir-se a Ele em aliança de obediência, a fim de conhecê-lO e andar com o Pai em intimidade. Chama-nos à intimidade, não está interessado em atos repetidos por mero hábito, mas em que O conheçamos verdadeiramente, como a um amigo.

Ouça o chamamento:

a. "Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem? Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz." (Deuteronômio 10.12,13,16)

b. "Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus." (Miquéias 6.8)

O mais profundo desejo de Deus é que o conheçamos em intimidade assim como o foi com

(1) Moisés:

"Falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo." (Êxodo 33.11a)

(2) Abraão:

“Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo de Israel e não a deste para sempre à posteridade de Abraão, teu amigo?” (2 Crônicas 20.7)

“Mas tu, ó Israel, servo meu, tu, Jacó, a quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo” (Isaías 41.8)

“e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus.” (Tiago 2.23)

(3) Adão antes de ser expulso do jardim do Éden:

"Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim." (Gênesis 3.8)

Portanto, o convite de Deus é:

"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos." (Oséias 6.3,6)

Há muito por se conhecer de Deus, por isso o conhecimento de Deus (um relacionamento com Ele) deve ser contínuo e progressivo. Quanto mais andamos com Ele, mais Dele queremos conhecer. Pois a revelação de Seu caráter maravilhoso produz em nós um sentimento de prazer indizível.

"Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos." (Provérbios 23.26)

O pedido de Deus é que - voluntariamente - concedamos ao Senhor o nosso coração. Quem deve dar seu coração a Deus? O vocativo "filho meu" responde à pergunta.

Jesus convida:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve." (Mateus 11.28-30)

O que nos impede de atender a esse chamado? O que prejudica nossa comunhão com Deus e nos afasta dele?

"Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça." (Isaías 59.1,2)

O próprio Deus provê um meio de sermos livres de nossas iniquidades a fim de que possamos, novamente, desfrutar da Sua comunhão:

a. "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos 5.1,2,6-8)

b. "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro." (1 João 2.1,2) c. "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazêmo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós." (1 João 1.8-10)

Por que "se dissermos que não temos cometido pecado, fazêmo-lo mentiroso"? Porque é o próprio Deus que diz que temos pecado (como já lemos em Sua Palavra). "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus." (Romanos 3.23)

Se nada fizermos a respeito do pecado em nós (em nossa natureza) ele nos afastará de Deus eternamente, e prejudicará de modo permanente o plano de Deus, de andarmos para sempre com Ele.

Uma pergunta - como é nossa natureza quando nascemos?

a. "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe." (Salmos 51.5)

b. "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus." (Romanos 3.23)

c. "Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer." (Romanos 3.9-12)

O padrão de bem no texto acima não é o humano. Pois alguém poderá dizer: eu conheço pessoas que fazem o bem, eu mesmo faço coisas boas! Mas Romanos trata do padrão universal de bem, i.e., o padrão divino. Faça este exercício, leio os dez mandamentos em Êxodo 20.1-17 e veja se consegue chegar ao final sem quebrar um sequer deles!

Observe o que Tiago diz sobre a lei:

"Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores. Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei." (Tiago 2.8-11)

Veja como o autor de Hebreus nos apresenta o mesmo conceito:

"Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." (Hebreus 7.18,19)

Paulo clareia o mesmo conceito em Gálatas:

"Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio [isto é, a Lei]. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa [a promessa de uma Canaã não terrena, mas a celestial]." (Gálatas 3.23-29)

Por que isso acontece (nossa incapacidade de cumprir a lei de Deus)?

Por conta da diferença de naturezas entre nós e Deus. Veja como Isaías, em uma visão, define Deus:

"No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!"

(Isaías 6.1-5)

Ao ver Deus, o profeta rapidamente conseguiu reconhecer o contraste entre a natureza divina - absolutamente santa - e a natureza dele próprio (o homem) - caída e pecadora.

"Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou. Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado." (Romanos 7.11-14)

E qual a solução para este problema?

a. "Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus." (Mateus 3.1,2)

b. "Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus." (Mateus 4.17)

c. "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus." (Atos 3.19,20)

Como Deus faz isso?

a. "Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão." (Hebreus 9.22)

b. "Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo. E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos. Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia permaneceram a contemplar de longe estas coisas." (Lucas 23.44-49)

c. "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos." (1 Timóteo 2.1-6)

d. "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz." (Colossenses 2.8-15)

e. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Efésio 2.4-10)

f. "E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça." (Romanos 11.6)

g. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus." (João 3.16-18)

Veja que o julgamento se dá aos que não tem fé em Cristo, baseado em sua incredulidade. É a falta de fé (e não de boas obras) que condena os homens ao inferno.

A solução deste problema envolve uma decisão pessoal, fruto do conhecimento da verdade - João 8.32 ("Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.") - e da vontade de andar de acordo com a vontade de Deus.

Veja como a escolha certa nos conduz a Cristo, a uma nova vida:

a. "Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes." (Deuteronômio 11.26-28)

b. "Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." (Mateus 11.27,28)

c. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." (Apocalipse 3.20)

d. "Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 6.20-23)

E, por fim, Deus promete:

"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." (2 Coríntios 5.17)

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