Você é amado
- Gile
- 2 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 7 de fev. de 2022

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13.1-13)
Sem amor eu nada serei - sou como o sino que ressoa: frio e indiferente - exatamente como o metal que o constitui. O amor é o calor em nossos corações, é o propósito que nos conduz adiante. Todo o conhecimento teológico não significa nada à parte do amor. Afinal, sem amor eu nada serei!
O Espírito Santo nos conduz através do tempo - do terreno agora, ao eterno amanhã com Deus no céu - na tentativa de nos fazer compreender quão dependente do amor são nossas ações, mas não qualquer amor. Refere-se, especificamente, ao amor de Deus. Aquele que é perfeito como o que O transmite aos demais.
Falar todas as línguas, profetizar, conhecer todos os mistérios e toda ciência, ter tamanha fé para mover montes, distribuir todos os bens aos pobres, dar o próprio corpo para ser queimado - tudo isso, sem o amor de Deus, não significa nada.
Esse amor não é um amor, mas o amor. É o amor de Deus, aquele que Ele tem por nós. João também nos fala sobre ele - “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”. (1 João 3.1)
Jesus o resume a um ato: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. (João 15.13)
Movidos por esse amor, tudo passa a ter valor. Ele é o combustível que acende a fogueira em nossos corações e nos aquece a fim de oferecermos esse mesmo calor aos que se aproximam.
Ele existe para ser compartilhado. Deus o fez conosco, e devemos fazer o mesmo com os demais.
O amor de 1 Coríntios 13 está ao nosso alcance. Buscamos a vida toda algo assim. Eu gosto quando o apóstolo Paulo chega ao versículo dez, que diz “quando, porém, vier o que é perfeito”. A conexão entre os versos dez e onze é perfeita.
O verso onze (“quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”) faz todo o sentido e ganha um significado muito mais poderoso quando lemos todo o capítulo treze. Entendemos que ele não está apenas falando de sentimentos e pensamentos, está dizendo: “ah, como eu amo imperfeitamente vivendo aqui; mas, quando vier O que é perfeito, já não seremos meninos! Naquele dia, eu amarei como sou amado!”
E esse amor tão poderoso de Deus estará tão presente em mim, transbordará em meu interior.
Ao comparar fé, esperança e amor; Paulo não está diminuindo o valor das duas primeiras. Ao contrário, está demonstrando quão importante é o amor. Obviamente, que esse amor não existe à parte da fé e esperança, essas coisas vivem unidas e interdependem. Assim como amar depende de - antecipadamente - ser amado, oferecer aquilo que nós recebemos.
De todas as outras dezenas de vezes que li esse capítulo da Bíblia, esta foi diferente. Desta vez, eu li como uma carta pessoal, endereçada a mim, e não apenas uma carta genérica, a todos. Ao final do capítulo 13, eu ouvi a voz do Espírito Santo sussurrar ao meu coração, e jamais vou me esquecer do que Ele disse: você é amado!
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