Jesus - o único bem precioso
- Gile
- 28 de dez. de 2018
- 4 min de leitura

"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente. Estas coisas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum. Muitos dos seus discípulos, tendo ouvido tais palavras, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? Mas Jesus, sabendo por si mesmo que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os: Isto vos escandaliza? Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair. E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido. À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus." (João 6.53-69)
Muitos dos seus discípulos o abandonaram
Assisti há algumas semanas um programa sobre dois avaliadores de automóveis que valoravam carros em leilões. Eles quase sempre acertavam. Utilizando alguns critérios, eles chegavam a um provável preço final. Eles sabiam quando estavam diante de um item de valor. Eram verdadeiros garimpeiros de automóveis. Lembro-me de ficar impressionado com o alto grau de precisão de suas avaliações. É triste ver que a maior parte das pessoas não possui o mesmo grau de precisão em temas mais relevantes.
Citamos acima um dos mais profundos ensinos de Jesus. As pessoas que o ouviram, naquela oportunidade, não gostaram do alto grau de comprometimento que Ele requereu delas. Elas responderam ao chamado de Deus de forma infeliz: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”. Pareceu difícil a elas estar em Cristo, alimentando-se da vida Dele. Ele é a luz de todos aqueles que Nele crêem e depositam no Rabi Nazareno sua fé.
Para os ouvintes incrédulos daqueles dias, pareceu-lhes mais suave alimentar-se dos restos do mundo, o “guizado vermelho” apeteceu-lhes mais. Uma escolha tola, sobretudo sob a perspectiva da eternidade. A escolha deles foi rápida: "À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele".
Perguntou Jesus ao doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
A grande questão, caro amigo, é esta: "quereis também vós outros retirar-vos?" Você irá se juntar ao grupo dos incrédulos e abandonar Jesus? Ele não precisa de nenhum de nós. Ele não veio até nosso mundo porque precisasse fazê-lo, mas porque nós precisávamos Dele. Nós necessitávamos de um salvador. Por isso Ele veio. Ele veio por (e para) nós. Se o deixarmos, estaremos nós a perder.
Ele não precisa de nós, mas nos ama e deseja salvar-nos. Mas isso só será possível se quisermos ser salvos. Ninguém pode fazer por nós o que nós mesmos não queremos. A escolha sempre estará em nossas mãos.
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus
Mas há uma alternativa razoável ao abandono – Pedro a resume bem: "Senhor, para onde iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos conhecido que tu és o Santo de Deus".
Aqui estão as possibilidades: (a) abandonar Jesus, porque parece difícil segui-lo neste mundo que vive rebelado contra Deus ou (b) permanecer Nele, sabendo que não há alternativa sensata ao Salvador do mundo – pois só Ele tem as palavras da vida eterna.
O salmista Asafe sabia o quão precioso é este amoroso Deus, veja quão elevado grau de valor ele – precisamente – atribui a Deus: "Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra". (Salmos 73.25)
Aqueles que acreditaram suspiraram pelo Senhor, seus anseios pelo Pai celeste estão registrados: "Quem mais tenho eu no céu? Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna. Não há outro em quem eu me compraza na terra. Nós temos crido que tu és o Santo de Deus".
Nós temos crido – disse Pedro. Esta é a diferença entre os que ficaram e os que se foram. Há uma diferença entre os que perseveram com Jesus – em todo o Seu sofrer – e os que correm Dele. Aos que o deixariam, Jesus disse: "contudo, há descrentes entre vós" (v. 64).
Os que ficaram, anunciaram: "nós temos crido" (v. 69)! Ele não apenas é precioso, como é o único bem verdadeiramente precioso. Fora Dele não há nenhum valor. Pedro sabia disso, e permaneceu. Asafe cria nisso, e descansou Nele. E quanto a você – "quereis também vós outros retirar-vos? (v. 67)"
Commentaires