Café da tarde... com o Criador!
- Gile
- 9 de jun. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de out. de 2020
(escrito em 20/05/2015)

Algumas pessoas vêem este mundo de hoje - fomes, guerras, catástrofes naturais e o egoísmo humano - e se perguntam: "será que Deus abandonou o mundo que Ele criou?".
Não! O mundo que Ele criou é que O abandonou!
É interessante o modo como Paulo inicia sua carta à igreja na Galácia:
“Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, e todos os irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (Gálatas 1.1-5).
Observe com atenção o versículo 4: “o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai”.
O que o Espírito Santo nos ensina através de Paulo, aqui, é que Jesus se entregou por causa dos nossos pecados com o propósito de cortar nosso vínculo espiritual com este mundo, e que esta era a vontade de Deus. Uau, quão diferente isso é daquilo que muitos têm ensinado em palcos de instituições religiosas mundo afora!
O ensino predominante no atual meio religioso ocidental é que Deus nos enviou Jesus para nos dar aquilo que quisermos nesta terra. Um ato de fixar raízes neste mundo físico. De modo diametral, o apóstolo claramente ensina que Cristo veio para nos desarraigar (desligar pela raiz) desta terra.
Paulo nos diz que devemos ter uma mente como a de Cristo (Romanos 12.1-2; 1 Coríntios 2.16), pensar nas coisas que são do alto (i.e., no céu - Colossenses 3.1-3), e ter maior confiança nas coisas espirituais - as quais são imperceptíveis a olhos físicos - mas que são dignas de maior confiança, pois tais coisas são eternas, enquanto as que são físicas (visíveis e palpáveis) logo desaparecerão (2 Coríntios 4.17-18).
E mais, essa vontade de restaurar o relacionamento do homem consigo, Deus a tem desde antes de o homem o quebrar no Éden, veja:
“Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça” (Apocalipse 13.7-9; grifo acrescido).
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Efésio 1.3-4; grifo acrescido).
O plano de Deus para a humanidade é que ela viva com Ele, para Ele e por meio Dele. Sendo que, nenhuma dessas coisas pode ocorrer sem a outra - não se pode viver com Ele, sem que se viva por meio Dele e para Ele (Romanos 11.36).
Desde o princípio, Deus teve prazer em se reunir com o homem. A comunhão com este sempre esteve nos planos de Deus, para isso Ele nos fez:
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5.15).
“Direi ao Norte: entrega! E ao Sul: não retenhas! Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra, a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei, e fiz” (Isaías 43.6-7).
O homem que recusa tal propósito vive infeliz e vazio, pois foge da razão pela qual existe. Não existimos para nós mesmos, para satisfazer nossos desejos egoístas e carnais. Existimos para satisfazer o nosso Criador, e nisso há deleite incomensurável e eterno - não há nisso contradição alguma. É uma simples questão de propósito.
Será mais sábio parar de fugir do Criador, abandonar esta indiferença, e sentar-se a mesa. Tomar um tempo para um café com o Criador, confessar seus pecados e confiar no perdão que Ele oferece.
Não há alternativa sensata a isso!
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