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Emanuel

  • Gile
  • 18 de set. de 2019
  • 4 min de leitura

(escrito em 23/06/2013)

Em frente à televisão, ociosamente lendo os posts do facebook, folheando as páginas cinzas do jornal ou em qualquer outro lugar em atividade vã: vasculhando as coisas grandiosas, em busca do mais renomado, da fama e do grandioso.

Muitos de nós – temporária ou permanentemente – fazemos isso. O mundo grandioso ao nosso redor nos empurra na direção desse pensamento. Essa mentalidade, forçosamente, se nos é imposta. Então, nos intoxicamos (e a palavra é exatamente essa!) com a glória humana! Passamos a evitar o comum e a buscar o grandioso.

Esquecemo-nos – e eu me incluo nisso (porque também sou um cristão vivendo neste mundo) – de que as coisas que Deus está fazendo não estão no palco principal da vida, ocorrem nos bastidores (teatralmente falando!).

É nas conversas corriqueiras com pessoas comuns que Deus faz suas mais belas e extraordinárias obras. E o mais fantástico de tudo isso, é através das pessoas mais comuns que Deus executa tais obras!

São nas situações mais comuns do cotidiano através de pessoas simplesmente comuns, que o extraordinário Deus pinta as mais belas situações. É exatamente nessas horas que Ele toca o ferido, consola o triste, ergue o caído, abraça o só, perdoa o pecador e restaura o coração quebrado.

No subúrbio, na casa de paredes envelhecidas, gramado seco e amarelado, portão enferrujado, um pequeno quintal (que precisa de reparos!), exatamente aí moram as pessoas que estão sendo tocadas por Deus. Você duvida?:

"Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. (...) Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Coríntios 1.18-29; 2.14; grifo acrescido).

Não há dúvida, escrituristicamente, de que Deus está envolvido nas coisas pequenas. As coisas desprezadas, são as de que Deus se lembra. Ele está interessado nos que foram esquecidos:

"Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57.15; grifo acrescido).

Deus quer que estejamos com Ele, no mesmo lugar, e com o mesmo pensamento. Ele nos insta a pensar como Ele, a abrir mão de nossa própria forma de pensar enquanto somos moldados – em nossos conceitos internos e sentimentos – por Sua Palavra:

"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12.2).

Este é Seu desejo, propósito e desígnio para a Igreja. Somos seu corpo – obedeçamos à cabeça, que é Cristo. Toquemos os que Ele quer tocar, abracemos os que são alvo de Seu abraço, sejamos obedientes à Sua compaixão e misericórdia, concordemos com Seus ternos sentimentos!

É preciso compartilhar do sentimento de Deus, de Sua graça:

"Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Filipenses 2.4-8,13; grifo acrescido).

É preciso sentir como Ele, ter as batidas do coração harmonizadas com as dEle. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.

O mesmo, não uma imitação barata! Exatamente o mesmo sentimento; i.e., o mesmo Espírito que o motivou deve nos motivar também. A mesma adorável presença deve nos encher também. Somente assim não apenas passaremos por aqui, presos a coisas glamorosas e banais, mas estaremos aqui. Sendo instrumentos da presença Dele, do próprio Emanuel!

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