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Nossa Esperança: Preâmbulo

  • Foto do escritor: Gile
    Gile
  • 1 de ago.
  • 11 min de leitura

Atualizado: há 11 horas


"Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima". (Lc 21.28)
"Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima". (Lc 21.28)


Nosso estudo aqui será a respeito de escatologia. E o que é Escatologia? Ela trata dos eventos que ocorrem no “Fim dos Tempos”. Escatologia vem de duas palavras gregas: éskhatos e logos. A primeira significa “último”; já a segunda, pode traduzir “estudo” ou “razão”. Assim, Escatologia é “o estudo das últimas coisas”.

Escatologia é um mar profundo. Um oceano de conhecimento e sabedoria, desde que suas lições sejam aprendidas e aplicas já no presente. Contudo, este “mar” é mais profundo do que nossos “equipamentos de mergulho” são capazes de nos permitir explorar. Ainda assim, podemos mergulhar até um razoável nível de profundidade, suficiente para aprendermos o que precisamos.

Embora uma enorme parte inexplorada assim permaneça até o dia em que se vier a cumprir, a revelação de tais mistérios estará reservada aos que vierem a viver naqueles dias, assim creio. Eles, provavelmente, compreenderão de que se tratam todos estes eventos.

A razão para iniciarmos esta série é a impressionante escassez de semelhante estudo, claro e didático, sobre os eventos finais. Não há muitos lugares, seja em meios digitais ou físicos, em que possamos encontrar um compilado sério e biblicamente fiel de Escatologia. Deste modo, pretendemos fazê-lo aqui. E, espero eu, sejamos capazes de produzir um material de utilidade espiritual e com frutos eternos. Dedico, portanto, esta simples obra aos que vierem a lê-la. Os quais, desejosos em conhecer a verdade, possam ser nela saciados.

Em primeiro lugar, há uma série de equívocos que devemos evitar ao estudar Escatologia. O primeiro deles é supor que toda ela está contida apenas no livro de Apocalipse. É verdade que boa parte, provavelmente a maior parte do que se sabe sobre os eventos finais, está descrita no livro de Apocalipse. No entanto, sem conhecer as revelações de outros livros – tais como Primeira e Segunda Tessalonicenses, Primeira e Segunda Coríntios, Ezequiel, Zacarias, Joel, Daniel, Isaías, Mateus, Marcos, Lucas, João – não podemos compreender com a necessária precisão a mensagem do último livro da Bíblia. Este é, assim, não apenas um erro comum, mas também grave.

O segundo é relativizar sua mensagem, por meio da subjetivação de seus símbolos. Isso enfraquece a mensagem que propõe transmitir. Já que, conforme a boa hermenêutica, uma descrição deve ser entendida sempre como literal, exceto se evidente contexto indicando em contrário. Logo, por regra, entendemos seus símbolos como literais. Faremos diferente quando o contexto, com evidente clareza, impuser interpretação simbólica.

O terceiro é julgar que tais eventos estão distantes e que, por essa razão, não impactam de forma alguma nossas vidas presentemente. A mensagem revelada na Bíblia, conforme a própria Escritura, é para todos nós. E o é em sua totalidade. O que tenciono expressar é que "as coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Dt 29.29). Se nos foi revelado, é porque nos será útil. Logo, deve ser conhecido e completamente compreendido, a fim de ser aplicado.

Iniciemos com um breve resumo do livro de Apocalipse, que também nos servirá de esquema geral escatológico. Se tivéssemos que mesclar Apocalipse aos eventos escatológicos, o que nos ajudaria grandemente a compreender tanto o livro quanto a Escatologia, seguiríamos o seguinte esquema geral:

  • Capítulos 1-3: Introdução ao livro de Apocalipse;

  • (Arrebatamento da Igreja);

  • (Início das Bodas do Cordeiro);

  • Capítulos 4-5: Introdução às revelações que seguirão (João vê o céu);

  • (Surgimento do último império global, a “sétima cabeça” da besta de Apocalipse 17 e “a besta que emerge do mar” em Apocalipse 13 – 10 reis sem reino, seguidos por 7 reis sem reino associados ao anticristo e, mais adiante, somente o anticristo – que dura, ao todo, cerca de 7 anos);

  • Apocalipse 6.1-8: Os quatro primeiros dos sete selos, os quatro cavaleiros do Apocalipse. Princípio das Dores, correlato a Mateus 24.3-8;

  • Capítulo 12: Uma breve explicação da história da redenção da humanidade através de Cristo;

  • Capítulo 13: Apresentação das Bestas da Grande Tribulação. Surge o falso profeta (a besta que emerge da terra – Ap 13.18);

  • Apocalipse 6.9-17; capítulos 7-9, 11, 15, 16: Juízos da Grande Tribulação;

  • Capítulo 14: Contém uma série de ensinos, consolos e advertências. Começando pelos versos um a cinco, temos uma visão dos redimidos junto a Cristo no monte Sião, uma visão dos salvos durante os sete anos de tribulação – os quais resistiram ao pecado praticado na terra, perseguição e marca/adoração da besta (o anticristo). A seguir, temos: três vozes, a ceifa e a vindima; uma síntese da Grande Tribulação, que, por sua vez, parece ser uma síntese da Tribulação e da história da humanidade. É algo semelhante ao que ocorre com Isaías dentro da Bíblia, que é chamado de “Bíblia dentro da Bíblia”: possui 66 capítulos (a Bíblia tem 66 livros) e é subdividido em capítulos 1 a 39 (o AT refere-se aos primeiros 39 livros da Bíblia) e 40 a 66 (o NT é composto por 27 livros, do 40º ao 66º).

  • Capítulos 17-18: A descrição da Babilônia, a falsa religião global com a qual os povos adulterarão, tomando parte na rebelião de satanás contra Deus (cap. 17); e sua capital, Jerusalém (Ap 17.18). Na seqüência (cap. 18), descreve o juízo de Deus contra ela, que a encerra em grande queda (Zc 14.1,2);

  • Capítulo 19: Batalha de Armagedom (monte Megido);

  • Capítulo 20: Milênio, fim do Milênio, satanás é solto e derrotado finalmente;

  • Capítulo 21: Pós-milênio: a eternidade;

  • Capítulo 22: Admoestações finais.


Veja que há lacunas que tivemos de preencher, as quais estão entre parênteses. De onde vêm essas informações? Dos demais livros da Bíblia. Daí a importância de lermos a completude da Escritura a fim de entendermos – primeiro, de modo panorâmico e, depois, de modo mais detalhado – a mensagem bíblica. Sem as informações contidas nos livros, nossa colcha de retalhos escatológica estaria incompleta, e a mensagem emanada dela seria imprecisa.

Perceba que os capítulos de Apocalipse não estão, necessariamente, organizados de forma a seguir a ordem cronológica dos eventos. Por exemplo, a besta que emerge do mar (o anticristo), descrita no capítulo 13, assume o controle do mundo – cronologicamente – no capítulo 6. E assim por diante. Mais uma vez: para montarmos este quebra-cabeça é preciso a compreensão de toda a Bíblia, e não apenas do livro de Apocalipse.

Ademais, o desenvolvimento de uma narrativa na ordem em que os eventos ocorrem e, posteriormente, retornar a partes desses desenvolvimentos, a fim de aprofundar detalhes de partes dele, é comum na Bíblia. Veja um exemplo disso em Gênesis 1.26,27:


Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

No entanto, o capítulo seguinte, número dois, é a descrição pormenorizada do mesmo evento descrito em Gn 1.26-31. Neste segundo capítulo, contudo, há mais detalhes de como ocorreu o evento. Ele detalha como se deu a criação do homem e da mulher. E isso é um padrão por toda a Bíblia.

O mesmo se observa em Apocalipse, e na Escatologia como um todo. Um exemplo é a Babilônia religiosa. Deus cita sua queda em Apocalipse 14.8. Sua existência acaba por ser subentendida nos capítulos iniciais de Apocalipse e também nas profecias de Daniel e de Jesus em Mateus 24 (e seus correlatos, Mc 13 e Lc 21). No entanto, a descrição mais completa dela está apenas em Apocalipse 17, seguindo o mesmo padrão que vemos em Gênesis sobre a criação do homem. Em suma, é comum vermos uma descrição resumida dos eventos, na ordem em que ocorrem, num primeiro momento e, posteriormente, uma descrição mais completa deles mais adiante no livro.

E é também importante compreender que há mais juízos do que os descritos na Bíblia (Ap 10.4). E o que discutimos aqui é apenas uma visão geral do assunto, não pretendemos conhecer e discutir todos os pormenores deste tema, pois seria impossível.

Nos capítulos 6º até o 11º, e também o 16º, temos uma visão resumida de juízos desde o Princípio das Dores até a segunda vinda de Cristo para Seu reino milenar.

A partir dessa visão panorâmica de Apocalipse, que ser-nos-á de grande valia na compreensão escatológica, resumimos os principais eventos escatológicos em ordem cronológica:

1.1 Arrebatamento da Igreja (primeira fase da Primeira Ressurreição), o encontro da noiva com o Noivo nos ares (Mt 25.1-13) e o Tribunal de Cristo (Ap 22.12; 1ª Pe 5.4). Primeiro, os mortos ressuscitam e, após, os vivos são transformados em corpos glorificados (1 Co 15.50-54; 1 Ts 4.13-18; Fp 3.11). Ainda nos ares, antes das Bodas do Cordeiro, a Igreja é julgada quanto às suas obras e recebe seu galardão (1ª Co 3.11-15; 2ª Co 5.10; Ap 3.11; Hb 6.9,10; Rm 14.10).

1.2 A Igreja, no céu, celebra As Bodas do Cordeiro (Mt 22.1-14; Lc 22.29,30; Ap 19.7-9). A Igreja arrebatada encontra-se com Cristo nos ares e junta-se a Ele na celebração – durante sete anos (uma semana de anos, conforme as bodas dos tempos bíblicos) – de sua união espiritual perpétua.

1.3 A Ascensão do Império do Anticristo (Dn 7.7,8,23-25; Ap 6.2; 17.3,7,8,12,13). O último império do mundo não inicia sob o governo do anticristo, mas sob dez reis em corregência. Estes, após o anticristo tomar o lugar de três deles, governarão o mundo, por breve tempo, em aliança com o anticristo. Após curto período, cederão seu poder ao anticristo, que governará sobre eles por aproximadamente sete anos – um período conhecido como Tribulação.

1.41 O Princípio das Dores (Mt 24.3-8; 1ª Ts 5.1-3; Ap 6.1-8). Refere-se aos primeiros três anos e meio da Tribulação, indo desde a ascensão dos dez reis até a “abominação desoladora”2 no “templo”3. Um período sombrio em que a Igreja já não está sobre a Terra. O mundo perdeu sua luz, seu sal (Mt 5.13-16). Está em escuridão espiritual e entregue aos juízos vindouros.

Compreende os primeiros três anos e meio da Tribulação de sete anos. Vai desde o Arrebatamento da Igreja até o surgimento da “abominação desoladora”4 (Dn 12.11) no “lugar santo” (Mt 24.15). Em Apocalipse, embora nem sempre seus capítulos estejam em ordem cronológica, corresponde a 6.1-8 – isto é, os quatro primeiros selos (os quatro cavaleiros do Apocalipse).

2. A Abominação Desoladora no lugar santo, o início da Grande Tribulação (Dn 9.27; 12.11; Mt 24.15-29; Ap 6-19). A “abominação desoladora” no “lugar santo” marca o início da Grande Tribulação. Nela temos: a besta que emerge do mar (uma descrição mais pormenorizada do anticristo, revelando o caráter mais agressivo da segunda metade de seu governo, os últimos 3 anos e meio) e a besta que emerge da terra (o falso profeta, que convencerá o mundo a adorar o anticristo). Alguns eventos deste período serão quinto a sétimo selos, sete trombetas, sete taças da ira de Deus, sete flagelos, a queda de Babilônia, a batalha do Armagedom (monte Megido).

3. A Queda de Babilônia, a grande meretriz (Ap 17.16; Ap 18). No período final de seu governo, pouco antes da batalha do Armagedom, Babilônia – a falsa religião global e sua capital, Jerusalém – serão destruídas pelo próprio governo mundial satânico. Ato contínuo, os mesmos exércitos do anticristo que a destruíram reunir-se-ão na região do monte Megido (o vale de Jezreel) para combater contra Jesus e os salvos, num último ato de arrogância que lhes custará tudo. Serão esmagados pelo Senhor e Seu exército, os crentes em Cristo.

4. A Batalha do Armagedom (Ap 19.11-21; Zc 14.3-7,12-15). Após tomarem e saquearem Jerusalém, o anticristo e os seus aliados reunir-se-ão para lutarem contra Jesus e o seu exército no vale de Jezreel. Após serem derrotados, tanto o anticristo quanto o falso profeta serão lançados vivos no "lago de fogo" (Ap 19.20 – gr., limnēn pyros).

5. satanás é aprisionado por mil anos (Ap 20.1-3). satanás é preso por mil anos em um abismo. O termo no original grego é abyssou; que significa “abismo, profundidade imensurável, o lar dos mortos e dos espíritos malignos”. Entretanto, podemos concluir com base no contexto que, provavelmente, refira-se ao Tártaro – um local onde estão os espíritos malignos em prisão (possivelmente, os piores anjos caídos que tomaram parte na rebelião de satanás).

6. A ressurreição dos que morreram durante os sete anos de Tribulação, Segunda fase da Primeira Ressurreição (Mt 24.31; Ap 20.4b-6; Jo 5.28,29a5; 1 Co 15.22,23). Aqueles que creram em Cristo antes da Tribulação ter início, já haviam sido arrebatados para encontrarem-se com o Senhor (primeira fase da Primeira Ressurreição). Os que se converteram após o início dela, no entanto, ressuscitam apenas antes da batalha do Armagedom (segunda fase da Primeira Ressurreição). Agora, com corpos glorificados, vencerão o Armagedom com Cristo e entrarão no reino milenar de Jesus com os demais salvos.

7. O julgamento das nações (Ap 20.4a; Mt 25.31-46; Jl 3.1-17). Após a prisão de satanás, haverá o julgamento daqueles que ainda estiverem vivos após a batalha de Armagedom. I. e., tanto aqueles que aceitaram a marca da besta quanto aqueles que, embora não tenham se convertido a Cristo, (quiçá6) tenham tomado parte em algum grupo reacionário que se recusou a aceitar a marca e adorar o anticristo e sua imagem. O primeiro grupo (que aceitou a marca da besta) será condenado e enviado ao inferno. Ao segundo (que não aceitou a marca da besta), por sua vez, será permitido entrar no Milênio, fazer parte da Terra redimida sob o governo de Cristo e seus santos. Ao que parece, este segundo grupo não se trata de salvos em Cristo, pois o salvo não será julgado para entrar no Milênio.

8. Milênio (Ap 20.6; Is 2.2-4; 11.6-9; 65.18-25; 1ª Co 15.25,26). Cristo reinará sobre a Terra restaurada junto ao seu povo, com corpos glorificados. Haverá também os povos naturais, aqueles que vivem em corpos físicos convencionais, tais quais os nossos neste tempo. Estes, talvez, sejam os reacionários ao regime do anticristo, que não aceitaram a marca da besta, ainda que não se tenham convertido a Cristo naquele tempo. De qualquer modo, têm agora grande oportunidade para fazê-lo.

9. satanás é solto e reúne uma multidão de povos contra Deus, mas é derrotado e lançado no lago de fogo (Ap 20.7-10). Após mil anos de governo de Cristo, o diabo será solto. Assim que o for, sairá a seduzir as nações em seu ato final de rebelião. Apocalipse 20.8 descreve a quantidade deles “como a areia da praia”. Será, mais uma vez, derrotado e lançado no lago de fogo (Ap 19.20 – gr., limnēn pyros), “onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20.10).

10. O julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15; Jo 5.28,29b; Dn 12.2b). Após a última tentativa falhada de satanás contra Deus, será estabelecido o julgamento do Grande Trono Branco, em que todos os mortos em todas as épocas (desde os dias de Adão até o último injusto) serão julgados e condenados por Deus a serem lançados no lago de fogo. Excetuam-se o falso profeta, o anticristo e satanás; os quais já lá estarão.

11. Novos céus e nova Terra, a eternidade com Deus (Ap 21.1-22.5; Is 65.17; Dn 7.13,14; 1ª Co 15.24). O ápice da redenção tem lugar com a restauração de toda a criação, que havia sido contaminada pelo pecado de Adão e Eva no Éden. Agora, Deus faz novos céus e nova Terra.

Finalmente a iniquidade será banida da criação de Deus, e o erro e as consequências da decisão de Adão e Eva no Éden serão completamente corrigidos por Deus.


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1 Os eventos descritos em 3.1 (A Ascensão do Império do Anticristo) e 3.2 (O Princípio das Dores) são concomitantes. Em outras palavras, ocorrem ao mesmo tempo, logo após o Arrebatamento da Igreja.

2 Discutiremos melhor a que se refere a “abominação desoladora” mais adiante.

3 Os possíveis sentidos da palavra “templo”, em 2ª Ts 2.4, serão pormenorizados em nosso estudo.

4 Discutiremos o possível significado tanto da expressão “abominação desoladora” quanto de “lugar santo” mais adiante.

5 Em Jo 5.28,29 Jesus trata de duas ressurreições: a primeira, para a vida (que terá duas fases, a primeira no Arrebatamento e a segunda fase antes do Armagedom); e a segunda ressurreição, para a morte (após o Milênio, no julgamento do Grande Trono Branco, em que os injustos serão condenados e lançados para sempre no Lago de Fogo). São, portanto, duas ressurreições e ocorrem em dois momentos distintos.

6 Esta parte é bastante conjectural.

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