Uma Vida Sob Deus
- Gile
- 22 de dez. de 2020
- 3 min de leitura

Não se trata da satisfação profissional, da glória pessoal ou da honra humana. Não se trata de nosso nariz erguido ou de nosso peito inflado, não é disso que se trata a vida. Essas são todas distrações. São apenas meras distrações das coisas que realmente importam e valem. As coisas que importam não são visíveis, as coisas que importam são eternas.
“As que se vêem [como diria o apóstolo] são temporais” (2 Coríntios 4.18), são terrenas, são físicas - e como todas as coisas físicas, se desvanecem com o tempo. Como o belo castelo de areia à beira-mar, ao subir da maré, dissolve-se; como a névoa ao nascer do dia ou como a neve à chegada do verão. Assim são os propósitos humanos e os seus desígnios. Logo se alegra com a glória momentânea. Parece ter chegado tão longe; parece ter chegado tão alto, no topo do mundo. Tudo o que sonhou alcançou.
E, sabe de uma coisa, as coisas que nós não alcançamos, descobrimos que simplesmente não precisávamos.
Aqueles que ouvem a Deus aprendem essa lição. Aqueles que ouvem a sua palavra escrita, registrada, aprendem essa lição; os que são sábios. E quem são os sábios? Aqueles que temem a Deus, esses são sábios! A Bíblia diz que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Jó 15.15; Salmos 111.10; Provérbios 1.7; 9.10; 15.33), por onde ela começa. Os que temem a Deus ouvem a Sua voz e aprendem a lição.
Deus não nos dá o que queremos, sempre. Mas Ele sempre nos dá aquilo de que precisamos, e se nós não conseguimos algo, é porque não precisávamos ou porque não poderíamos ter aquilo, porque nos faria mal.
Sabe, às vezes, nos entristecemos com as coisas que não conseguimos mas, se pudéssemos ver como Deus vê e saber as coisas que Deus sabe, nós não ficaríamos tristes com essas coisas. Ficaríamos tristes com as coisas que desejamos - tantas coisas que desejamos, das quais não precisamos. As quais mais mal nos fazem, muitas vezes, do que bem.
O que faremos com o prestígio, a glória e a honra dos homens? Inflaremos nosso eu, ergueremos nosso nariz, deixaremos de ser quem sempre fomos. Deixaremos de ver as coisas importantes, de notar as coisas que realmente importam.
Eu não sei quanto a você; mas eu quero mudar meus desejos, meus planos, meus propósitos. Não estou dizendo que é errado ter planos ou propósitos, mas que a maioria das coisas que buscamos é tão fútil, vaga, banal - como a folha que cai da árvore e logo desaparece no ar.
Não são coisas perenes. São coisas caducas, que o tempo leva. E que na eternidade nada valerão. Cinquenta anos, sessenta ou oitenta e a vida de um homem passa e as coisas que ele alcançou, para sua própria glória, desvanecem tanto quanto a sua carne mortal.
As coisas que importam são feitas em oculto. Joelhos dobrados, porta fechada e a conversa com quem sabe todas as coisas - essas coisas permanecem!
O tempo que investimos em oração, em secreto, o tempo que investimos lendo a Palavra e aprendendo conhecimento que nunca passa. Porque Jesus disse “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24.35). E não passam mesmo! Homens, glórias, reinos, títulos passaram e a Palavra permanece, e assim o será. E os que são sábios atentam para ela.
Amém!
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