Silêncio
- Gile
- 2 de abr. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 12 de fev. de 2022
(Salmos 19.1-4; Isaías 43.1-4)

Silêncio,
Desejo ouvir o som das vagas. O insistente marulho
Atritando contra rochas da penha. Incansáveis idas e vindas
Que despertam perplexidade. Resoluta persistência em colidir.
Ah, que som formidável!
Acalma a mente,
Silencia os atos.
Relaxa o corpo,
Cessa a tensão.
O belo coro do infinito,
Que resplandece a luz do sol,
Assiste o azul profundo do mar.
O som suave das lindas ondas
Desenham na rocha seu canto.
Mas o ruído da cidade
Abafa a canção.
A desesperada marcha
Ruma contra a pacífica onda.
O inexorável desespero
De uma cidade que não se move,
Mas jamais cessa.
Do umbral desta porta;
Da janela onde me encontro,
Do silêncio barulhento;
Do invisível infinito;
Do movimento inconstante,
Irritante e poluído;
Do penhasco mais elevado -
De lá, ouço o marulho.
De lá, sinto-me à vontade neste oceano.
Amo este som,
A forma e a cor deste mar,
Bem como o reflexo do sol
A fulgurar entre a idas e vindas,
Que me tranqüilizam ao silenciar-me;
Ao me fazer parar para ouvir seu som,
E refletir donde vieram e para onde vão,
Quem fê-las e para quê.
Ouço a voz do Criador,
Ao seu rugir,
Entre o som da cidade incessante.
Chama meu nome
E me recorda de que sou Seu.
02 de abril de 2018
Comments