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O gemido do peregrino

  • Gile
  • 4 de dez. de 2021
  • 1 min de leitura

“Leva-me para casa”,

Clama a criança perdida.

Esquecida na rua do desespero

E na solidão da vida.

Como um órfão a suplicar,

Na janela de seu quarto,

Num canto esquecido

Deste distante orfanato.


Assim os sem lar

Cantam ao Pai,

Que os ouve.

E, a Seu tempo,

De volta a Seus braços

Os trará.


Geme de saudade

A alma deste pequenino

Cujo anseio o consome

Qual pássaro

Distante do ninho.

O qual não encontra

Neste mundo lugar.

Nele está,

Mas dele jamais

Parte será.


Pode até,

Ao amanhecer, cantar.

Mas isso não significa

Que daquele lar se olvida.

Nele jamais morre

A esperança de viver

Aquela vida.

A que o Pai preparou

Aos que O amam.

E ansiosamente aguardam

Sua preciosa vinda.


Assim,

Como estrangeiros e peregrinos,

Ansiamos ver a luz do dia.

Quando desta noite fria

Já não formos afligidos

Ao entardecer da desejada partida.



9 de Outubro de 2021

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