Poeminha de inverno
- Gile
- 15 de ago. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 12 de fev. de 2022
(Romanos 7.19,24)

A vida por mim passou Sem que a pudesse perceber. Deixei que os anos
Cruzassem meus passos Sem a eles me prender. Apenas se foram, Escorrendo lentamente, De modo imperceptível, Por entre meus dedos e minha mente. Já não os tenho mais,
Os dias de outrora. Eles se foram,
Para sempre, embora. O passado não pode ser mudado E essa é uma sentença perpétua. Mas pode ser perdoado, Esquecido e usado Como uma lição preciosa Aos dias que vierem, Sejam eles quantos forem. E mesmo que sejam poucos, São os dias que Deus
Dá-nos nesta terra. E deles devemos viver Com a mais profunda cautela. Ao olhar o passado, Sinto um profundo pesar, Uma dor que nunca vai passar. São os dias que se foram E jamais voltarão. Oh Deus, me perdoe Por ter feito
Dos dias que me deste Algo que nada me enobrece! Desperdicei tempo precioso, Dias que não tenho, Caindo em profundo desgosto. Agora, estou velho
E só tenho lamento Dos dias que se foram Ao perpétuo esquecimento. Dá-me, hoje,
Um coração mais sábio A fim de que eu posso amar,
Perdoar E oferecer tua graça A quem dela demandar. Ajuda-me,
Pois sou tão mau; Meus desígnios são perversos, Minhas intenções, malignas. Sou o mais miserável De todos os homens, Nem mesmo mereço a vida. Dá-me, pois, de Tua graça. Ensina-me com os pequeninos. E sejam símplices meus mestres. Ouve, pois, esta oração, Que do mais profundo
Eu te faço, Do meu coração.
14 de Agosto de 2018
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