A vida mal compreendida
- Gile
- 19 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de fev. de 2022

Existe da vida um lado, Sombrio e equivocado. Que nos leva a concluir Não haver propósito no existir. É o caminho inverso À real conclusão. Como ver um carro de fora, E imaginar –
Se estiver completamente Escurecido em seus vidros –
Que guia-se sozinho. A precisa análise Envolve justamente o oposto. Saber quem lá dentro está E, só então, Em verdade afirmar, Que ele é conduzido Desde seu interior, Não por forças desconhecidas, Mas por um humano condutor. A vida, igualmente, Pressupõe uma mente inteligente. E sabemos que ela é real, Pois deixou-nos Um completo manual. O prefácio de tal obra Vê-se na aurora. Quando dela está-se diante, Não há dúvida: Foi planejada para ser bela. Com esmero, Desenhada em aquarela. No capítulo um, Lê-se: Gênesis. “No princípio, criou Deus Os céus e a terra”. Desde então, ela já era bela. Mesmo que Sem forma e vazia, A beleza já nela existia. Entendendo que há projetista, Que para um fim Fez-se a vida; Pode-se vivê-la Entendendo seu propósito. Perguntamos ao proprietário: Corremos esta carreira Para qual lado? Como estava com pressa, Lançou a resposta Através da janela. Como nos afastamos, Não tivemos a oportunidade De ouvir dele mesmo Como enganou-nos A iniqüidade. Assim tentaram atrapalhar A história que ele escreveu. Mas um retorno ao Seu propósito
Anteviu-nos. E é sobre isso Que versa o manual. Sobre como o homem Tornou-se qual um irracional. Perdeu do Criador o senso, Enquanto a vida Seguiu em descenso. Veio Deus encontrá-lo Um tempo depois, E viu-o caído Em seu próprio egoísmo. Sua tolice o cegou, De forma que Mais distanciou-se. Não reconheceu Seu próprio Criador. Este o ofereceu graça, se de seus erros Viesse a arrepender-se. Mas nem assim Em sã razão manteve-se, Disse não ao convite. Ceifado da eterna vide, Selou seu triste fim Para sempre assim.
17 de Dezembro de 2019
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